Através da janela vejo as gotas de água se deturparem no chão. Chuva calma, silenciosa. Da mesma janela eu consigo ver as pessoas com os guarda-chuvas abertos, caminhando devagar.
A cidade está parada, está tudo pacificado. Do fogo de todos os dias só sobrou a lembrança.
Quando chega a hora de sair da cama, a preguiça aparece e nos consome de tal forma que só o lençol é capaz de nos deixar mais calmos. O vento frio nos amedronta, nos torna fracos e submissos, nos deixa vulneráveis a pensamentos nunca antes pensados.
A chuva se prolonga durante todo o dia e os noticiários nos mostram o caos em que a cidade se encontra. Árvores caídas, barrancos retorcidos e eu aqui na minha singela e profunda interioridade, quieto, calado, preocupado…
Erick Rommell
Nenhum comentário:
Postar um comentário